Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) participaram de uma capacitação, promovida em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), com o objetivo de acolher e melhor assistir às mulheres vítimas de violência em Salvador. As aulas foram realizadas durante cinco dias na Faculdade Uniceusa, na Avenida Jorge Amado, no Imbuí, e finalizadas nesta quarta-feira (19).
Para a secretária da SPMJ, Fernanda Lordêlo, a formação visa o fortalecimento de todas as políticas públicas de Salvador no enfrentamento à violência doméstica e familiar. “Quando nós incorporamos essa carga horária voltada para temática da violência e do melhor acolhimento às vítimas, nós conseguimos inclusive pensar na ampliação de tudo que já fazemos hoje. É um olhar mais humano que reforça nossa sensibilidade para o melhor enfrentamento desse problema”, destaca.
O palestrante e titular da Coordenadoria de Ações de Prevenção à Violência (Ceprev) da GCM, James Azevedo, fez questão de ressaltar a importância do curso para formação da patrulha. “O conteúdo traz as particularidades da Lei Maria da Penha, preparando nossos guardas para o dia a dia. O treinamento reforça nossa capacidade de atender bem toda e qualquer mulher em situação de violência. Mais uma vez trazemos os guardas para sala de aula, com intuito de esmiuçar a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. Com certeza, o resultado será a prestação de um serviço ainda melhor nas ruas e nos postos que atendem essas mulheres”, considera.
Prevenção – Atenta aos ensinamentos, a guarda e uma das supervisoras da instituição, Neolina Araújo, considera fundamental o treinamento em sala de aula para reforçar o trabalho diário feito nas ruas. “Imprescindível porque a gente fica mais fundamentada, mais segura, principalmente no meu caso que estou à frente de uma equipe. Essa discussão precisa ser constante. Vamos sair daqui mais capacitados e o aprendizado vai refletir no nosso trabalho”, acrescenta.
Segundo o palestrante e guarda municipal, Daniel Santos, o curso visa aprimorar o comportamento que a Guarda deve adotar mediante uma situação de violência contra à mulher. “Precisamos atuar de forma preventiva, sobretudo sendo garantidores de direitos. A patrulha vai trazer um olhar cuidadoso, de forma a dar a cada mulher o tratamento adequado e humanizado”, finalizou.