Salvador ganhará uma nova estrutura voltada para o plantio de mudas de árvores junto com escola de jardinagem. O prefeito Bruno Reis e a titular da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), Marcelle Moraes, assinaram ordem de serviço para o início das obras do Centro de Interpretação da Mata Atlântica, no Bonfim.
A intervenção envolve a requalificação de uma área de 13,8 mil m² num horto municipal na Rua Balden Powell, próximo ao Hospital Sagrada Família. A obra terá prazo de 10 meses de conclusão e investimento de R$ 7,1 milhões. O conceito do projeto é ampliar o cultivo de espécimes arbóreos e plantas para o uso no paisagismo da cidade.
“Aqui nós vamos ter o Centro de Interpretação da Mata Atlântica que, sem sombra de dúvidas, será o principal equipamento de preservação da Mata Atlântica da nossa cidade. Queremos ampliar a existência da Mata Atlântica em nossa cidade, e esse horto vai produzir mudas para isso, vai qualificar pessoas para isso, vai ajudar na conscientização da preservação da Mata Atlântica, cultura essa que tem que ser de todo cidadão soteropolitano”, afirmou o prefeito.
Bruno Reis destacou ainda que, nos últimos anos, a Prefeitura plantou mais de 70 mil mudas de árvores. “E estamos hoje dando mais um passo mais importante. Esse Horto praticamente não existia mais, era um espaço abandonado. A Prefeitura vai investir R$ 7 milhões nesta obra, em todo o paisagismo, em toda arborização e nas intervenções”, complementou.
A iniciativa também prevê a criação de espaços de lazer e visitação pública, propiciando o surgimento de um novo parque urbano na capital baiana. Além disso, o centro será especializado na conservação e recuperação da Mata Atlântica, proporcionando educação ambiental de estudantes e população em geral. O local terá leiras, edificações modulares para salas de aulas, biblioteca, café, mirante, espaço administrativo, além de módulo para pequenos eventos musicais.
A secretária Marcelle Moraes pontuou que essa é mais uma iniciativa no sentido de ampliar as áreas verdes de Salvador, inclusive cumprindo a meta do planejamento estratégico da gestão de aumentar em mais de 10% estes espaços na cidade. “Isso aqui é totalmente representado no nosso horto municipal, o Centro de Interpretação da Mata Atlântica, onde a gente vai ter um novo parque na cidade, uma nova área de lazer paras pessoas, com áreas verdes, onde as famílias vão poder vir com as suas com suas crianças, com seus filhos de quatro patas e poder cada vez mais preservar o que a gente tanto precisa, que é a nossa Mata Atlântica”, afirmou.
O projeto do novo centro foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Segundo a presidente da fundação, Tânia Scofield, as estimativas apontam que o horto terá capacidade de produzir cerca de 12 mil mudas. “É um grande avanço, de grande importância para a cidade de Salvador, num lugar que poucos conhecem, dentro da Mata Atlântica. É um projeto bonito, que não só vai atender a produção de mudas, mas também a gente está propondo aqui que tenha uma biblioteca, uma área para poder ter capacitação, discussão da questão ambiental”, destacou.
Política de preservação – A implantação do Centro de Interpretação da Mata Atlântica se junta a outras iniciativas da Prefeitura para preservação do meio-ambiente. Na última década, a cidade teve áreas verdes requalificadas e devolvidas à população, a exemplos do Parque da Cidade (no Itaigara), Lagoa dos Pássaros e dos Dinossauros (ambos no Stiep), o da Pedra de Xangô (Cajazeiras), Parque do Ventos (Boca do Rio) e Jardim Botânico (São Marcos).
Integram o rol de ações municipais em curso a Caravana Mata Atlântica, que distribui mudas gratuitamente para os soteropolitanos, o IPTU Verde, voltado para empreendimentos imobiliários que realizam ações de sustentabilidade em suas construções, e o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) – lei que define diretrizes e estratégias de planejamento, implantação, reposição e manutenção da arborização em espaços públicos da cidade, entre outras medidas.