“Santos Cosme e Damião: homens de comunhão, participação e missão; homens da Igreja”. Esse é o tema central dos festejos em homenagem aos santos gêmeos, Cosme e Damião. Na paróquia dedicada a eles, localiza no bairro Liberdade, em Salvador, os devotos participam do novenário, de 17 a 24 de setembro, sempre às 19h, e no dia 25, às 18h. É importante ressaltar que, como parte da programação, além das celebrações à noite, no dia 24 de setembro haverá a novena com as crianças, às 15h.
A cada noite a comunidade refletirá sobre um subtema, que este ano aborda as obras de misericórdia, acompanhados de pedidos de gestos concretos por meio da doação de alimentos e materiais de higiene pessoal: “Igreja, Casa do Pão” – Doação: macarrão (1ª noite), “Igreja, Casa da Misericórdia – Doação: feijão (2ª noite), “Visitar os enfermos; ensinar a quem não sabe – Doação: leite (3ª noite), “Dar de comer ao que tem fome; dar com conselho a quem precisa” – Doação: óleo (4ª noite), “Dar de beber ao que tem sede; corrigir ao que erra” – Doação: arroz (5ª noite), “Dar abrigo ao peregrino; perdoar quem nos ofende” – Doação: farinha (6ª noite), “Vestir o desnudo; consolar o triste” – Doação: café (7ª noite), “Visitar os presos; sofrer com paciência os defeitos do próximo” – Doação: açúcar (8ª noite) e “Enterrar os falecidos; rezar a Deus pelos vivos e falecidos” – Doação: absorvente, sabonete, pasta de dente e desodorante (9ª noite).
O ponto alto dos festejos acontecerá no dia 26 de setembro – data na qual a Igreja celebra a memória litúrgica dos santos Cosme e Damião. A Santa Missa Solene será presidida pelo Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, às 19h.
As homenagens serão encerradas no dia 27 de setembro, quando haverá Celebrações Eucarísticas durante todo o dia: às 5h30, às 7h, às 8h30, às 10h, às 12h, às 15h30 e às 18h. A programação contará, ainda, com uma procissão que sairá da Matriz, às 17h, e seguirá até o Largo da Lapinha, retornando pela estrada principal da Liberdade.
Santos gêmeos
São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas. Os irmãos foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.
Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência. Os santos não cobravam por seus serviços médicos, por esta razão espalhou-se a ideia de que os gêmeos não gostavam de dinheiro.
Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.
Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas, mas não morreram quando atingidos. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.
Os santos foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.