Nesta quinta-feira (3), Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), vice-presidente da Comissão de Reparação, faz um alerta sobre a persistência do racismo estrutural no Brasil e defendeu o fortalecimento de políticas públicas que garantam igualdade de oportunidades e reparação histórica.
“Precisamos compreender que o racismo continua matando, excluindo e empobrecendo a população negra no Brasil. Apesar dos avanços, vivemos em um país onde pessoas negras ainda ganham, em média, 40% menos do que pessoas brancas, onde as mulheres negras são as maiores vítimas de violência e onde os índices de mortalidade infantil e materna são significativamente mais altos entre pretos e pardos”, destacou Ireuda.
Conforme ela alerta, dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023 mostram que 70% das pessoas em situação de pobreza no país são negras, bem como o Atlas da Violência de 2024 também revela que 77% das vítimas de homicídio no Brasil são negras, evidenciando como o racismo se expressa de forma brutal na segurança pública.
“Além disso, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pessoas negras ocupam apenas 30% dos cargos de liderança no mercado de trabalho, apesar de representarem a maioria da população brasileira e toda essa desigualdade não é obra do acaso, é resultado de um racismo estrutural que se renova e se adapta. A discriminação racial está nas portas que se fecham, nas escolas de baixa qualidade, no acesso desigual à saúde, na falta de oportunidades no mercado de trabalho e na violência cotidiana que nos atinge de forma desproporcional”, enfatizou a vereadora.