O prefeito Bruno Reis destacou nesta quarta-feira (7) as ações de mitigação dos efeitos das chuvas intensas que atingiram a capital baiana nas últimas horas. Ele acompanhou as atividades do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Codesal) e afirmou que o volume de chuvas neste início de junho já é quase o total registrado pela média histórica para o mês.
Segundo o prefeito, a média histórica para todo o mês de junho é de 230 mm de chuva, porém em apenas sete dias do mês já choveu 150 mm em Salvador, chegando a 170 mm em alguns bairros. Ele destacou ainda que as famílias devem acionar a Codesal, por meio do número 199, sempre que virem uma situação de risco. Por meio da Operação Chuva, a Prefeitura de Salvador está com equipes de diferentes secretarias espalhadas pela capital baiana para prestar atendimento imediato às famílias atingidas pelas fortes chuvas.
“Nossas equipes estão de plantão, 24 horas por dia. Se a família tiver algum incidente em sua casa, pode fazer logo o vídeo, tira logo uma foto, entra logo em contato com a gente. Aí chegam rapidamente os profissionais da Sempre, para fazer o atendimento social. Chegam as equipes da Defesa Civil, para fazer a vistoria, para checar se há comprometimento da infraestrutura do imóvel”, disse.
O prefeito destacou a gama de programas sociais criados pela gestão municipal com esse objetivo, como o Aluguel Social e o Auxílio Emergencial, além da estrutura de vistorias e de prevenção montados pela Prefeitura. “Hoje, a Prefeitura tem capacidade de resposta. No passado, a Prefeitura ficava rezando, pedindo a São Pedro para que a chuva parasse. Hoje, temos a capacidade de dar amparo e de chegar junto das pessoas”, disse.
“Criamos muitos programas, como o Aluguel Social, que antes era de três meses, prorrogável por seis, e agora está por tempo indeterminado. O valor era de R$ 100, nós aumentamos para R$ 300 e já vou aumentar de novo em breve. Criamos o Auxílio Emergencial, um mecanismo pelo qual a gente indeniza essas famílias que perdem seus bens. Então a gente paga até três salários mínimos para que ela recupere geladeira, fogão, cama, entre outros. Também temos abrigos, com vagas disponíveis para receber as pessoas que precisem sair de suas casasa”, acrescentou.
Além do amparo social criado, o prefeito destacou as obras de infraestrutura realizadas pelo município ao longo dos últimos 10 anos para proteger encostas e áreas de risco. “Já são quase 500 áreas protegidas com muros de arrimo, solo grampeado, cortina atirantada e com geomantas. Isso faz a cidade ter uma resistência e uma resiliência maior. Estamos a cada ano diminuindo os deslizamentos de terra e desabamentos, sem ocorrências e sem perdas de vidas. Ainda temos alguns pontos de alagamento na cidade, são 65 mapeados. Muitos já foram resolvidos ao longo desses últimos anos, com soluções definitivas, acabando com problemas históricos em grandes avenidas de Salvador e em bairros onde as pessoas tinham que conviver com água dentro de suas casas quando chovia”, disse.
O prefeito citou ainda obras de saneamento que têm sido realizadas pela gestão, apesar de não ser responsabilidade do município. “Tem alagamentos em Salvador que ocorrem por conta de rios e córregos e outros por conta de esgoto, de falta saneamento básico, em que o esgoto corre na porta das casas das pessoas, a céu aberto. E a gente tem feito todo esse investimento, mesmo não sendo responsabilidade da Prefeitura. Estamos urbanizando vários canais, cobrindo outros, fazendo entroncamento na rede de esgoto e evitando que nesse período as pessoas, além de conviver com as chuvas, tenham que aguentar o esgoto dentro das suas casas”, disse.
“Temos canais emblemáticos que nós urbanizamos, como o do bairro Vale das Pedrinhas, da Rua Rosalvo Silva, da Rua Baixa Fria, da Rua 5 de Agosto, em que tiramos o esgoto da porta das pessoas. E, agora, estamos fazendo nas regiões da Baixa da Santa Rita e da Baixa da Paracaína. Já entregamos também na Rua Doralice Dória. Enfim, são 34 canais que a Prefeitura está urbanizando neste momento. Comigo não tem isso de empurrar a responsabilidade. As pessoas não querem saber se a responsabilidade é da Prefeitura, do Governo do Estado ou do Governo Federal. O que elas querem são soluções para os seus problemas. E as soluções que eu posso levar, estou levando, para melhorar a vida dos moradores da cidade”, completou Bruno Reis.