A Câmara Municipal de Salvador (CMS) retomou os trabalhos legislativos na tarde desta segunda-feira (4). A expectativa é que, ao longo do semestre, sejam debatidos e votados projetos de autoria dos vereadores e do Poder Executivo. Segundo o presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), antes da sessão ordinária, a bancada do governo se reuniu com o prefeito Bruno Reis, que anunciou o envio de 13 matérias à Câmara.
De acordo com Muniz, o encontro foi um gesto de deferência do prefeito para com o Legislativo. “Denotando a importância que a Câmara tem e vice-versa. Na ocasião, houve consenso de que a gestão municipal encaminhará mais de dez matérias relevantes para a cidade, sobre temas diversos, mas respeitando a autonomia do Legislativo. Entre elas, destaco a proposta que contempla uma majoração salarial de 11,37% aos professores municipais, com reajuste linear de 6% e duas progressões previstas para os meses de junho e agosto, além do subsídio ao transporte público com isenções”, afirmou.
O líder do governo, vereador Kiki Bispo (União), informou que a pauta a ser enviada pelo Executivo incluirá projetos nas áreas de infraestrutura, saneamento básico e operações de crédito. “São iniciativas que vão contribuir para a melhoria de Salvador”, destacou.
Sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), instrumento fundamental para a política de desenvolvimento e expansão urbana do município, o líder governista afirmou que a expectativa é de que o projeto chegue à Casa ainda neste semestre. “Esperamos que, tão logo o Executivo finalize os estudos, que estão a cargo da Fundação Getúlio Vargas, possamos nos debruçar sobre essa pauta tão importante, ouvindo a sociedade civil organizada, realizando audiências públicas em cada canto da cidade, para externar o sentimento e a vontade do povo de Salvador”, frisou.
Oposição
Para a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a expectativa é de um semestre de muito trabalho, com intensos debates e audiências públicas sobre os problemas da cidade.
“Salvador vive um momento de crise. Temos um transporte público ruim, limpeza urbana precária, e a cidade vem sendo atacada pela especulação da construção civil e imobiliária. Isso precisa ser discutido, precisamos de um novo PDDU”, defendeu. A vereadora também reiterou críticas à contratação da Fundação Getúlio Vargas com dispensa de licitação.