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Capão in Blues celebra a ancestralidade e a força das vozes negras no coração da Bahia

No feriado da Consciência Negra, de 20 a 22 de novembro, o Capão in Blues transforma o Vale do Capão em um palco de celebração e reconhecimento da contribuição afrodescendente para a música e a cultura mundial. Em sua segunda edição, o festival reafirma o compromisso com a diversidade, o diálogo entre povos e a valorização das raízes que moldaram o blues, gênero nascido da criatividade, da fé e da resistência do povo negro. Mais do que uma programação musical, o evento celebra as vozes, histórias e expressões artísticas que deram origem ao blues e continuam inspirando gerações. Consolidado como um dos maiores encontros do gênero no Nordeste, o Capão in Blues reafirma a Chapada Diamantina como território de inclusão, memória e identidade cultural.

Vozes que celebram a herança e a força negra

Entre os destaques desta edição estão Rosa Marya Colin, uma das maiores intérpretes do blues brasileiro; JJ Thames, diva norte-americana do Mississippi, com performances que unem soul, gospel e R&B; Lia Chaves, veterana baiana de voz potente e trajetória marcada pela negritude e pela força das matrizes africanas; Alma Thomas (EUA), cantora nova-iorquina radicada no Brasil, reconhecida por sua entrega visceral e por transitar entre o jazz e o blues com elegância e emoção; e Júlio Caldas, músico, cantor e multi-instrumentista baiano, conhecido por sua forte ligação com o blues, o samba e o choro.

Esses artistas representam diferentes vertentes da diáspora negra e conectam o público à essência do blues como linguagem universal de resistência, emoção e pertencimento. Cada apresentação será um tributo vivo às raízes africanas que moldaram a história da música e continuam inspirando novas gerações de intérpretes e instrumentistas.

Blues, território e diversidade

Com três dias de programação gratuita, o Capão in Blues amplia em 50% sua estrutura em relação à estreia, oferecendo uma experiência imersiva que une arte, natureza e comunidade. A curadoria de Eric Assmar busca justamente esse encontro de mundos, o diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, entre o local e o global, entre o Capão e o mundo.

Além das vozes negras que marcam o line-up, o festival promove o intercâmbio entre culturas e sotaques com nomes como Armandinho Macedo (BA), Eric Assmar (BA), Cacá Magalhães(BA), Kasia Miernik (Polônia), Cris Ferreira Trio (RS), Jefferson Gonçalves (RJ), Calu Manhãs e Banda CBD (BA) e Luiz Carlini & Tutti Frutti (SP),  reafirmando o blues como ponte entre povos e expressões culturais diversas.

Programação do Capão In Blues 2025

20.11 – Quinta-feira

Calu Manhãs e Banda CBD (BA)

Alma Thomas (EUA) e Uptown Band (PE)

Rosa Marya Colin (MG), com participação de Jefferson Gonçalves (RJ)

21.11 – Sexta-feira

Cacá Magalhães (BA)

Kasia Miernik (POL) & Cris Ferreira Trio (RS)

Luiz Carlini & Tutti Frutti (SP)

22.11 – Sábado

Júlio Caldas com participação de Lia Chaves (BA)

Armandinho Macedo e Eric Assmar (BA)

JJ Thames (EUA)

Cultura, legado e consciência

O Capão in Blues propõe uma reflexão sobre a potência da cultura negra e sua contribuição para o patrimônio artístico da humanidade. O festival fortalece o turismo sustentável e comunitário, movimenta a economia criativa local e valoriza a pluralidade cultural da Chapada Diamantina, inspirando novas conexões entre público, território e identidade. “Celebrar a Consciência Negra em um festival de blues é reconhecer a origem e a força desse gênero que nasce da experiência do povo afrodescendente e se transforma em expressão de liberdade e beleza. O Capão in Blues é sobre essa conexão entre ancestralidade e futuro”, destaca Ildázio Tavares Jr., idealizador do evento ao lado de José Alves Costa.

O Capão in Blues conta com a organização e coordenação do Grupo A TARDE, A TARDE FM e Viramundo Produções, e tem produção executiva da Trevo Produções. O evento conta ainda com o apoio da Prefeitura de Palmeiras e da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, além do patrocínio da Dax Oil e do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

O festival é um chamado para sentir, se conectar e celebrar o que é simples e verdadeiro. A natureza será o palco, e o céu, o limite desse encontro. 

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