Assistir, prevenir e articular. Esses são os pilares que norteiam o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Lélia Gonzalez (CRAM). O equipamento localizado no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, completou, na última quinta-feira (20), 17 anos de existência, acompanhando com suporte psicológico, jurídico e social centenas de assistidas que em sua maioria chegam até a unidade vítimas de violência doméstica ou em situação de vulnerabilidade social.
A coordenadora do CRAM, Sule Nascimento, conta que a rotina no local é de constantes acolhimentos pela equipe técnica e a manutenção das práticas terapêuticas que fortalecem as assistidas para romper com o ciclo de abusos e tomar as rédeas da própria vida. “Diariamente temos novas mulheres que buscam nesse equipamento o apoio necessário para dar continuidade a suas vidas de forma digna e com a qualidade que merecem”, frisou.
No local, as assistidas recebem o primeiro atendimento de forma acolhedora e humanizada. A partir da triagem dos casos é possível analisar a quais serviços a mulher será encaminhada. “Contamos com uma rede de apoio com parcerias nas Secretarias de Serviço Social e Cidadania, Saúde, Educação e também órgãos do sistema jurídico como a Defensoria Pública que dão o suporte necessário a elas”, conta.
Atualmente cerca de 700 mulheres são acompanhadas no equipamento. Com base no levantamento periódico, somente nos primeiros meses deste ano, 131 mulheres procuraram o centro. O perfil social revela que a maioria delas residem no bairro da Itinga, com idade entre 30 à 59 anos e mais de 60% estão desempregadas. O CRAM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e recebe diariamente dezenas de mulheres para novos acolhimentos.