A Prefeitura de Salvador firmou na noite desta terça-feira (16) um convênio com o Balé Folclórico da Bahia, durante solenidade no Teatro Miguel Santana. A parceria foi assinada pelo prefeito Bruno Reis, pelo secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, e pelo presidente da instituição, Vavá Botelho. Com o convênio, será destinado o valor de R$ 380 mil em 2023, que vai auxiliar no custeio dos artistas, do pessoal do administrativo, na manutenção do imóvel e do espetáculo do grupo.
O patrocínio da Prefeitura também viabiliza a continuidade de projetos da Fundação Balé Folclórico da Bahia, além das oficinas de dança gratuitas abertas à comunidade. Após a assinatura do convênio, o prefeito Bruno Reis assistiu a um espetáculo do Balé Folclórico ao lado de Vavá e Tourinho, além de outras autoridades municipais e integrantes do grupo.
“Precisamos oferecer conteúdo e isso é o que mais temos. Agora precisamos dotar de infraestrutura, equipamentos públicos e parcerias com todos esses grupos responsáveis pela cultura da nossa cidade para que tenham condições de fazer grandes apresentações e, com isso, vender ainda melhor a nossa cidade”, destacou o prefeito.
Bruno Reis também ressaltou que a parceria busca reconhecer o trabalho dedicado que o grupo desenvolve contribuindo ativamente na vida de muitas famílias soteropolitanas. “O Balé Folclórico é uma referência para todos nós e, sem sombra de dúvidas, é um dos nossos principais patrimônios culturais. Além de tudo, é responsável pela formação de tantos bailarinos e bailarinas que transformaram suas vidas a partir da oportunidade que tiveram aqui”, reforçou.
Com a pandemia da Covid-19, o Balé Folclórico parou de se apresentar por falta de recursos oriundos da bilheteria dos espetáculos, além da escassez de turnês, congressos, feiras e convenções, que quase levaram a instituição à extinção.
Desde 2022, a Secult estreitou os laços com o Balé Folclórico, articulando contatos com empresas privadas e representantes do trade turístico que passaram a se interessar pelo produto, o que fez com que o grupo de dança pudesse retornar às apresentações no Teatro Miguel Santana, na Rua Gregório de Mattos, no Pelourinho. A iniciativa municipal integra dois projetos: o da revitalização do Centro Histórico com o Distrito Cultural e estímulo ao afroturismo na cidade.
Para o secretário Pedro Tourinho, apostar no Balé Folclórico da Bahia é além de fomentar a cultura do país, também é uma ação de preservação da memória ancestral. “O Balé Folclórico da Bahia representa um pilar importantíssimo da cultura da nossa cidade, representa Salvador pelo mundo. Em 28 anos, nunca deixou de se apresentar em nossa cidade. Apoiar o Balé Folclórico da Bahia, mais do que uma ação de fomento, de patrocínio, é acima de tudo retribuir por tudo que eles fazem por nossa cidade e por cada um dos que passaram por lá”, afirmou.
Emprego e renda com a cultura – Além da manutenção do espetáculo, a parceria com a Prefeitura vai possibilitar a geração de emprego fixo para 27 bailarinos, 21 profissionais ligados ao mercado de cultura e 10 funcionários administrativos para atender cerca de 800 pessoas nas oficinas de dança.
“É o nosso primeiro contato com o poder municipal em 35 anos de atividade do Balé Folclórico da Bahia. É um apoio que está vindo numa hora muito importante, principalmente pelo fato de a gente ter ficado dois anos com todas as atividades paralisadas em virtude da pandemia. Quase encerramos as atividades de forma definitiva e agora estamos voltando com espetáculos no Teatro Miguel Santana, com projetos de turnês, de criação de novas coreografias. A gente precisa mais do que nunca desse apoio”, comemorou Vavá Botelho.
Embora funcione há mais de três décadas, o BFB mantém suas apresentações no Centro Histórico da cidade há 28 anos. Nesse período, foram realizados 7.488 espetáculos para um público estimado de 750 mil pessoas.