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Hupes-UFBA/Ebserh possui ambulatório específico para população trans e democratiza o acesso à saúde

O Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, é uma oportunidade para trazer à tona demandas da população travesti e trans brasileiras e o debate sobre temas que vão desde a forma de atendimento até a implementação de técnicas, políticas públicas e serviços específicos para estas pessoas, principalmente na área de saúde. Por isso, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Hupes-UFBA/Ebserh) participa deste esforço com várias iniciativas, junto com pacientes e profissionais da instituição que lutam pela garantia de proteção social e defesa dos direitos da população LGBTQIAPN+.

“O Dia da Visibilidade Trans é importante para que as pessoas saibam que as pautas trans existem, que a gente deve prestar mais atenção às demandas e especificidades da população trans, o que exige um cuidado e uma formação especiais”, explicou a médica endocrinologista Luciana Oliveira do Hupes-UFBA/Ebserh, unidade que possui um Ambulatório Transexualizador e é referência em cirurgias de redesignação sexual.

As queixas em relação à dificuldade de atendimento ainda são grandes, mas gradativamente vão sendo oferecidos novos serviços na rede pública, por meio dos hospitais universitários. Luciana, que é coordenadora do ambulatório, disse que pacientes em atendimento no local podem ser encaminhados para todos os outros serviços do hospital, como a ginecologia ou urologia, e outras áreas como fonoaudiologia, para adequação da voz, e dermatologia, por exemplo, quando necessário.

O atendimento ambulatorial é porta aberta, ou seja, cada paciente procura diretamente o serviço e passa por avaliações com a equipe até o tratamento e acompanhamento. A oferta de atendimento adequado e procedimentos específicos para a população trans é uma forma de democratizar o acesso à saúde, garantindo que uma parte da população historicamente privada de direitos tenha acesso digno.

Ambiente de acolhimento

O ambulatório transexualizador possui uma equipe multidisciplinar preparada para prestar um atendimento humanizado e acolhedor. A equipe é preparada para proporcionar todo suporte necessário, tanto com relação às dúvidas quanto no que diz respeito às mudanças do corpo e da mente.

O analista de sistema, Edward Góes, é paciente do ambulatório desde 2019, onde tem realizado o acompanhamento do seu processo de transição. Ele destaca não só a importância do atendimento especializado quanto o Dia Nacional da Visibilidade Trans. “O Hupes tem um suporte de médicos e pessoas treinadas para o acolhimento, desde a recepção, já que sabemos que muitos não recebem essa atenção em outros lugares. Fico feliz com toda a evolução e o caminho que está tomando. Acredito que o dia da visibilidade da população trans seja para comemorar conquistas. Cada dia estamos evoluindo e sendo mais inclusivos. Nós sempre existimos e sabemos da nossa força quando estamos em comunidade. A sociedade está unida, e temos o suporte necessário. Acredito que seja uma luta diária, mas que vamos vencendo aos poucos”, disse.

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