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Ireuda alerta para crescimento da violência contra a mulher no Brasil

O Atlas da Violência 2025, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, “escancarou uma dura realidade: a violência contra as mulheres brasileiras não apenas persiste, como cresce de forma alarmante — atingindo de maneira desproporcional as mulheres negras”. O alerta é da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara Municipal de Salvador.

Segundo os dados mais recentes, o Brasil registrou 275 mil notificações de agressão contra mulheres em 2023, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Mais grave ainda é o crescimento dos homicídios femininos: enquanto os assassinatos gerais estagnaram, o número de mulheres mortas subiu 2,5%, totalizando 3.903 vítimas. Destas, 68% eram negras.

Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), os números confirmam aquilo que há muito tempo é denunciado: “O racismo estrutural e a cultura patriarcal continuam matando. Esses dados exigem uma resposta firme e coordenada do Estado”, afirmou.

Agressões em casa

A vereadora destacou ainda que mais da metade das agressões ocorreram dentro do próprio lar, espaço que deveria representar segurança. A violência física segue liderando as estatísticas, mas também houve aumento nos registros de agressões psicológicas, sexuais, negligência e até violência institucional.

“Como mulher, como mãe, como parlamentar, eu afirmo: não podemos mais aceitar que o feminicídio continue sendo o desfecho da negligência. Precisamos agir antes que a espiral da violência atinja o seu ponto mais trágico”, declarou Ireuda.

A vereadora diz que a realidade enfrentada pelas mulheres negras, em especial, reflete a interseção entre o machismo e o racismo. Elas são mais expostas à violência, têm menos acesso à proteção e enfrentam maior dificuldade para romper ciclos abusivos. Para Ireuda, esse cenário exige políticas públicas específicas, com recorte racial e de gênero, além de maior presença do Estado nos territórios mais vulneráveis.

“É urgente fortalecer a rede de proteção à mulher, garantir a aplicação efetiva da Lei Maria da Penha e investir em prevenção. Não podemos permitir que mais vidas sejam perdidas por omissão ou indiferença”, completou a vereadora.

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