O Programa de Recuperação de Canais da Prefeitura de Salvador foi lançado na manhã desta quarta-feira (19) pelo prefeito Bruno Reis, durante visita ao Canal da Fronteira, localizado na Rua José Bonifácio, em Sete de Abril. A iniciativa prevê investimento de R$ 45 milhões para recuperação de 24 canais, a partir da realização de serviços de macrodrenagem, urbanização do entorno e cobertura, caso necessário. Participaram da cerimônia o secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos Souza, lideranças locais e outros gestores municipais.
O prefeito falou da necessidade de recuperar essas estruturas e garantir melhor qualidade de vida para a população. “Hoje começamos um grande programa de cobertura e urbanização de córregos e canais. Essa situação de esgoto a céu aberto, correndo próximo às casas das pessoas é inaceitável. Quando chove, eles precisam conviver com alagamentos, ratos e baratas, sem o mínimo de saneamento básico e em locais e condições sub-humanas. Então, decidimos mudar essa realidade, com um grande investimento e buscando garantir melhores condições e qualidade de vida para essas pessoas”, afirmou.
O secretário Luiz Carlos reforçou que, no Canal da Fronteira, serão realizadas diversas intervenções. “Vamos urbanizar todo o entorno do Canal da Fronteira, garantindo espaços de saúde e ginástica, paisagismo, equipamentos infantis e de esporte, como quadras e a revitalização de todas as escadarias nas encostas, que integram um conjunto de obras paralelas. Tudo isso impactará positivamente em toda a região”, reforça o titular da Seinfra.
Em março, o prefeito já havia autorizado o início das obras no canal localizado na Baixa da Paracaína, em Pau da Lima, que custará R$ 5,1 milhões. Além do Canal da Fronteira, as próximas obras que serão autorizadas serão os canais das ruas Teodoro Sampaio, no Vale das Pedrinhas, e Padre José, na Santa Cruz.
Moradora da região, Neide Barbosa, lembra que a comunidade anseia há décadas por alguma solução. “Há muito tempo, esperamos melhorias nessa região. Algo já foi feito, mas precisamos de mais. Quando chove tudo fica alagado por aqui, e quem mora na região de baixo da rua sofre ainda mais, pois a água invade casas e fica impossível entrar ou sair. E isso prejudica todo mundo”, afirmou.