O fortalecimento da identidade e da origem dos produtos agropecuários da Bahia tem se consolidado como diferencial competitivo e caminho promissor para o futuro do setor. Essa foi a tônica da participação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) no primeiro dia da INDEX Bahia — o maior evento da indústria do estado — realizado no Centro de Convenções de Salvador.
Na programação desta quarta-feira (27), a assessora técnica da Seagri e coordenadora do Fórum Baiano de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, Waleska Viana, foi palestrante no workshop “Estratégias de Valorização dos Produtos Baianos nos Mercados Internacionais: Normas, Certificações e Indicação de Origem”.
Durante sua apresentação, Waleska destacou a importância da Indicação Geográfica (IG) como ferramenta estratégica para aumentar a competitividade e expandir o acesso dos produtos baianos aos mercados internacionais. “Quando falamos de Indicação Geográfica, falamos de produtos que carregam história, tradição e qualidade reconhecida. Esse diferencial fortalece o produtor e oferece ao consumidor a segurança de adquirir algo único, fruto da nossa terra”, enfatizou.
A presença da Seagri na INDEX Bahia reforça o compromisso do Governo do Estado com o alinhamento do setor agropecuário às novas exigências de mercado, como sustentabilidade, rastreabilidade e autenticidade.
“Além de impulsionar a economia, as IGs fortalecem o turismo, a gastronomia e a identidade cultural. Cada selo vai além de uma certificação: é a garantia de autenticidade e excelência que abre portas para mercados exigentes e diferenciados”, completou Waleska.
Indicações Geográficas da Bahia
A Bahia já conta com produtos reconhecidos nacional e internacionalmente por meio das IGs, são exemplos de sucesso como o cacau do Sul da Bahia, cachaça de Abaíra, café da Chapada Diamantina, café do Oeste, uvas de mesa e mangas do Vale do Submédio São Francisco, vinhos tropicais do Vale do São Francisco e a tradicional renda de bilro, de Saubara. Outros potenciais estão em análise no estado, como o dendê, artesanatos, esmeraldas, farinhas e carnes, ampliando o leque de riquezas com identidade territorial e proteção industrial.