O Ministério Público estadual denunciou três custodiados do Conjunto Penal de Lauro de Freitas e um condenado que cumpre pena em regime aberto pelos crimes de corrupção ativa e passiva, contra a administração da Justiça, relacionado à inserção de aparelhos celulares na unidade prisional, e de pertencimento a organização criminosa (Orcrim) de tráfico de drogas que atua dentro e fora do sistema penal baiano. Trata-se de um desdobramento da “Operação La Rochelle”, que busca reprimir a entrada de drogas e aparelhos celulares em estabelecimentos prisionais.
A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) contra Adriano Patric Britto da Silva, que cumpre pena em regime aberto, Cláudio Pereira Santos, James Andrade de Oliveira e Judson Pádua Queiroz, os três custodiados no Conjunto Penal de Lauro de Freitas.
As investigações apuraram, por meio da análise de dados de aparelhos apreendidos com os detentos do conjunto penal, que eles, via aplicativo de mensagens, realizavam negócios de compra e venda de drogas, e articulavam atos de corrupção, com o auxílio de monitores de ressocialização, para inserir drogas e outros celulares no conjunto prisional.
Além dos crimes de corrupção, tráfico de drogas e pertencimento a Orcrim, as investigações revelaram a prática de recebimento de vantagem indevida por funcionários públicos da unidade. No último dia 1º de setembro, uma ação da “La Rochelle” resultou no cumprimento de dez mandados de prisão preventiva contra agentes prisionais do conjunto penal e na apreensão de cinco aparelhos celulares na unidade prisional. As investigações do Gaeco seguem e eles também podem responder criminalmente.