Salvador vai receber, no próximo sábado (12) e domingo (13), a Caravana do Futuro, iniciativa nacional que está percorrendo dez capitais brasileiras rumo à Conferência do Clima (COP 30), marcada para novembro deste ano, em Belém, no Pará. O evento tem apoio da Prefeitura de Salvador, por meio das secretarias municipais de Cultura e Turismo (Secult) e de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis).
Idealizado e executado pela Aurora Lab, o projeto percorre mais de 21 mil quilômetros a bordo de veículos elétricos, promovendo atividades e debates sobre transição energética justa, justiça climática e inclusão social. Em Salvador, as ações acontecem na Praça Maria Felipa, no Comércio, com programação gratuita e aberta ao público.
A programação na capital baiana inclui a apresentação da Banda Erê, formada por crianças da escola do Ilê Aiyê, além do grupo Ministereo Público SoundSystem e do painel “Diálogos intergeracionais sobre clima e justiça: construindo futuros a partir das lições do passado”.
Papel estratégico – A vice-prefeita e titular da Secult, Ana Paula Matos, afirma que a cidade de Salvador tem um papel simbólico e estratégico na luta por justiça social e climática, justamente porque a cultura soteropolitana é marcada por resistência, identidade e esperança, sobretudo pela população negra e periférica.
“Nossa gestão municipal reafirma o compromisso com ações que colocam as pessoas como protagonistas, priorizando a equidade social, como o Salvador Capital Afro, promovendo a escuta ativa das comunidades e fomentando as expressões culturais como caminhos para uma justiça climática que respeita saberes, territórios e vidas. Receber a Caravana do Futuro é reconhecer que nossas lutas históricas por justiça social, ambiental e cultural têm lugar de destaque na construção do futuro que queremos”, comenta Ana Paula.
Para o titular da Secis, Ivan Euler, a Caravana do Futuro em Salvador é importante porque permite ampliar e aprofundar a discussão sobre justiça climática, levando em conta a realidade das comunidades locais. “Apoiar essa iniciativa é reafirmar o compromisso da Prefeitura com uma transição energética que reconheça os saberes locais e promova inclusão, equidade e proteção social para nossas comunidades”, avalia.
Mobilização – Iniciada em maio em Porto Alegre, durante o marco de um ano das enchentes no Rio Grande do Sul, a Caravana do Futuro vai percorrer 21 mil quilômetros em 180 dias. O objetivo é mobilizar diferentes territórios para a construção de uma agenda climática popular, com foco em uma transição energética que garanta direitos e proteção social a trabalhadores e comunidades.