O período das chuvas ocorre, comumente, entre os meses de abril e junho. Nesta época as correntes de ar provenientes do Sul são mais fortes, e com isso o mar tende a ficar mais agitado, acarretando o aumento de incidentes nas praias de Salvador. Além dos riscos de afogamento, é preciso redobrar atenção com aumento no número de caravelas, as tão conhecidas águas-vivas. As espécies marinhas provocam queimaduras.
O alerta é da Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar), vinculada à Secretaria de Ordem Pública (Semop), que chama a atenção dos banhistas sobre a observação dos locais com bandeiras roxas. A sinalização indica a presença de área de animais marinhos, conforme determina o modelo nacional da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
“Como as caravelas vivem afastadas da costa, nem sempre podemos observar. Mas quando ocorrem alterações na intensidade/direção dos ventos ou correntes marítimas, elas são trazidas para as praias. E é nesse momento que percebemos a presença, pois em contato com a nossa pele, liberam substâncias tóxicas e causam queimaduras”, explica o coordenador de Planejamento da Salvamar, Kailani Dantas.
A Physalia physalis, nome científico da caravela, é uma colônia de vários organismos juntos que possuem diferentes funções. Se alojam e vivem na interface entre o ar e o mar, porém, elas não possuem nadadeiras, apenas são arrastadas pelos ventos e correntes. Por isso, quando o mar está mais revolto e agitado, as caravelas tendem a se movimentar mais e se aproximar da costa. Se alimentam de pequenos peixes e são alimentos das tartarugas marinhas.
Confira dicas da Salvamar em casos de acidente com uma caravela:
– Nunca lave o local com água doce, utilize água do mar;
– Retire com cuidado todos os tentáculos presentes ainda na pele;
– A aplicação de vinagre ajuda a inativar as toxinas;
– Coloque compressas frias no local;
– Procure ajuda médica caso possua sintomas mais graves.