O trem da Bahia continua em pauta no governo da Bahia. Na última quarta-feira (22), foi realizado mais um encontro com a Fundação Dom Cabral (FDC), instituição responsável pelo estudo do Plano estratégico da Bahia, para poder debater o tema e marcar a entrega do relatório final do estudo. A reunião, realizada na Secretaria de Planejamento (Seplan), contou com a presença do presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, responsável pela contratação do estudo, e dos secretários estaduais de planejamento, Cláudio Peixoto, de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida, de Infraestrutura de Transportes, Energia e Comunicação (SEINFRA), Sérgio Brito, do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), Davidson Magalhães e do subsecretário da fazenda (SEFAZ), João Aslan.
Conforme o presidente da CBPM, a reunião desta quarta-feira foi um importante passo para o desenvolvimento econômico de toda a Bahia. “A falta de trens é uma realidade e há bastante tempo estamos defendendo a importância desse modal para o crescimento do nosso estado. Possuímos uma das maiores costas brasileiras, com 11 portos e Tups (Terminais de uso privado) e o trem não chega. A Bahia precisa sair desse isolamento logístico. Somos o terceiro maior produtor de minérios do país e podemos ter resultados melhores, mas para isso, precisamos de soluções logísticas que viabilizem o escoamento da produção baiana para aumentar a competitividade dos nossos produtos, não só da mineração como também do agronegócio, e consequentemente gerar mais emprego e renda”, enfatiza Tramm.
O relatório final foi apresentado pelo diretor da FDC e coordenador do projeto, Paulo Resende e pelo pesquisador Bernardo Figueiredo. Também participaram do encontro, o diretor de Estudos da SEI, Edgar Porto, o diretor Comercial da Companhia de Ferro Liga da Bahia (Ferbasa), Claudiney Pedrosa, o diretor executivo da Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia), Paulo Villa, e de técnicos da gestão estadual.
Novos ramais e cargas
O estudo, contratado pela CBPM, teve início em junho de 2022 e demonstrou o potencial de cargas da Bahia e como o estado pode acabar com o seu isolamento logístico. No documento, algumas propostas são realizadas, a exemplo da criação de novos ramais ferroviários, a implantação da carga geral, modalidade permite o transporte de diversos tipos de mercadorias, a exemplo de produtos manufaturados, combustíveis, alimentos e bebidas processados e outros produtos com maior valor agregado.
Além da carga geral, a necessidade de construção e reforma da malha ferroviária existente em bitola larga (largura prevista para distanciar as faces interiores das cabeças dos trilhos) dos atuais 1 metro para 1,60 metros é de grande importância para que o estado siga o padrão que é utilizado em grande parte do país facilitando desta forma o deslocamento das cargas entre ramais ferroviários distintos. O relatório final também apresenta a viabilidade econômica para a implantação das mudanças sugeridas.