Na 38ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador, realizada na tarde desta terça-feira (3), no Plenário Cosme de Farias, os vereadores anteciparam o debate sobre o meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente será comemorado na próxima quinta-feira, dia 5.
A iniciativa partiu da vereadora Marcelle Moraes (União), que criticou as condições dos animais silvestres no zoológico de Salvador. “O animal silvestre não deve estar exposto. Ele não é um espetáculo de circo para estar livre à visitação pública. O animal silvestre deve ser resgatado, tratado, cuidado e, após isso, devolvido à natureza, e não exibido ao público, por mais bonito e agradável que pareça”, censurou, conclamando pela revisão da atual forma de gestão.
Na sequência, a vereadora Marta Rodrigues (PT), com o apoio da líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), expressou indignação ao afirmar que “a Mata Atlântica de Salvador está virando cimento”. Ela defendeu a ampliação do debate na Casa e alertou para denúncias de desmatamento na área verde do São Rafael.
“Nós estamos iniciando a Semana do Meio Ambiente e, no dia 5, esta Casa, como faz todos os anos, realizará uma sessão solene, este ano presidida pelo vereador Paulo Magalhães Júnior (União), presidente da Comissão de Planejamento Urbano”, destacou Aladilce.
“Até porque essa pauta é fundamental. Um debate profundo precisa ser feito por esta Casa, considerando o que Salvador representa para o bioma da Mata Atlântica, com o pouco que ainda nos resta”, reiterou.
No mesmo sentido, o líder do governo, vereador Kiki Bispo (União), saiu em defesa da base governista. “Fico pasmo com a oposição que vem aqui falar de meio ambiente. Parece que os vereadores não estão enxergando parte da cidade. Não estão indo ao Subúrbio de Salvador, onde a motosserra está ‘cantando’ no centro, assim como na Avenida 29 de Março. Então, pergunto: que vegetação é aquela sobre a qual o Governo do Estado está passando a motosserra?”, criticou.
Kiki também cobrou melhorias em equipamentos públicos de responsabilidade estadual, como a oferta de um ferry-boat de qualidade, a conclusão da ponte Salvador-Itaparica, e o funcionamento do VLT, entre outras demandas.
Feiras
As feiras da cidade também entraram na pauta do debate. O vereador Duda Sanches (União) criticou o que classificou como crueldade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), que anunciou, na última quinta-feira (29), o fechamento do Mercado do Ogunjá. Segundo a pasta, o espaço apresenta problemas estruturais que inviabilizam seu funcionamento. Centenas de vendedores atuam diariamente no local, que segue sem previsão de reabertura. “Fui conferir de perto o sofrimento de mais de 200 famílias que dependem do centro de abastecimento”, afirmou.
Por outro lado, o vereador João Cláudio Bacelar (Podemos) elogiou a requalificação da Feira de São Joaquim, atualmente em sua segunda etapa. “A Feira de São Joaquim é um espaço climático, cultural e comercial, um exemplo vivo da existência, cultura, história e identidade do povo de Salvador. Não posso deixar de reconhecer a importante requalificação que a gestão estadual está realizando no local, com investimentos de quase R$ 100 milhões”, pontuou.
Encerrando os pronunciamentos, o vereador Anderson Ninho (PDT) comemorou a regulamentação dos programas CNH da Gente e CNH na Escola. “Quem acompanha meu mandato lembra que, desde o início, minha principal defesa foi a CNH Social. Muitos achavam que era uma utopia, algo imaginário. Pois bem, esta semana o Governo do Estado anunciou nada menos que 12 mil vagas gratuitas para os jovens. E continuarei lutando por um número ainda maior”, assegurou.