HomeBahiaDois de Julho: fanfarras escolares transformam vida de estudantes da rede estadual

Dois de Julho: fanfarras escolares transformam vida de estudantes da rede estadual

Lorena Rodrigues, 16 anos, estudante da 3ª série do Ensino Médio, viu a sua vida se transformar ao entrar para a Banda Marcial do Nelson Mandela (Banema), do Colégio Estadual Nelson Mandela, em Salvador. No Desfile Cívico ao 2 de Julho, nesta quarta-feira (2), a sua dedicada participação era a prova da importância das fanfarras no contexto escolar como ferramenta de educação que contribui para o desenvolvimento da autoestima, da disciplina e do senso de cidadania dos alunos da rede estadual.

“Antes, eu não tinha um bom comportamento e, graças à fanfarra, melhorei muito. Aprendi a ter mais disciplina, responsabilidade e respeito. Também aprendi a fazer coisas que eu nem sabia que poderia fazer, como executar diferentes coreografias. Gosto muito de participar da fanfarra e sou muito grata pelo aprendizado”, disse a integrante do pelotão coreográfico, que desfilou pela segunda vez no 2 de Julho pelas ruas da capital baiana, juntamente com outras 25 fanfarras de escolas estaduais.

Para o presidente e regente da Banema, Marcos Nascimento, que atua há 30 anos com grupos musicais e é ex-aluno do Colégio Estadual Nelson Mandela, as fanfarras e bandas marciais são instrumentos eficazes de educação integral. “Elas formam não apenas músicos, mas cidadãos criativos. Foi através da escola e fanfarra que eu saí do mundo das drogas e mudei completamente a minha vida. Hoje, eu ajudo a fazer essa transformação na vida de vários jovens e me sinto realizado em ensinar e educar”, revelou.

Desfile cívico no interior da Bahia

A Banda Marcial Gentil Paraíso (Bamgep), do Colégio Estadual Gentil Paraíso Martins, localizado no município de Valença, foi uma das 128 fanfarras que desfilaram no interior da Bahia. Segundo Carlos Henrique Santos, 16 anos, que cursa a 2ª série do Ensino Médio da unidade escolar, participar da banda o fez melhorar no seu desempenho na escola.

“Entrei por incentivo de amigos e da família. Meu pai era músico e aprendi com ele a tocar instrumentos, como bateria e percussão. Na fanfarra, além de melhorar as minhas notas e o meu comportamento, aprimorei meu talento musical”, disse o jovem, que, atualmente, toca o instrumento de sopro chamado Sousafone.

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) investiu mais de R$ 2 milhões em manutenção de instrumentos, fardamentos e adereços nas unidades escolares que desenvolvem o projeto “Fanfarras Escolares”. A iniciativa visa propiciar o desenvolvimento integral do aluno em seus aspectos físico, psicológico, cognitivo, emocional, estético e social. Para a realização dos desfiles do 2 de Julho, na capital e interior, foram investidos R$ 837,9 mil via Fundo de Assistência Educacional (FAED), para a disponibilização de lanches e água para os participantes das fanfarras.

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