A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou esta semana uma megaoperação de combate às endemias, na Ilha de Bom Jesus dos Passos. A ação tem como objetivo identificar os pontos críticos e eliminar os focos do mosquito Aedes Aegypti e muriçocas, evitando o crescimento dos casos de arboviroses na localidade.
Desde o início da semana, equipes de termonebulização vêm realizando a aplicação espacial de inseticida na ilha. Na quarta-feira (3), os agentes concentraram as ações de combate à dengue, com aplicação de 80 capas em depósitos de água descobertos, de pontos comerciais e residências.
No dia seguinte (4), além de continuar a colocação das coberturas, os agentes realizaram ações contra leptospirose, com aplicação de iscas para ratos. A atividade também foi acompanhada por equipes voltadas ao combate ao Aedes aegypti. Cerca de 50 profissionais estiveram envolvidos na operação.
Monitoramento – A coordenadora da CCZ, Isolina Miguez, relatou que, em junho passado foi constatado um aumento de casos de dengue na localidade. Desde então, equipes são encaminhadas para fazer um diagnóstico. “Com esse monitoramento, outros problemas foram identificados, como ratos e muriçocas. Após o São João, houve um novo acréscimo de casos e por isso está sendo realizada essa grande operação de combate. Na localidade existe um córrego que favorece as infestações. A ideia é avaliar o ambiente para otimizar as ações, fazendo com que o efeito seja duradouro”, explicou.
A diretora de Vigilância e Saúde da SMS, Andréa Salvador, explicou a importância da atuação no território. “As ilhas merecem uma atenção especial, devido à distância geográfica. As ações integradas e o CCZ mantêm essa rotina, para o controle do mosquito, evitando possíveis surtos de arboviroses”, afirmou, acrescentando que blocos parafinados, pó de contato e iscagem também são recursos utilizados, para conter colônias de ratos, prevenindo leptospirose.
Educação – Além da atividade de combate às endemias, foram realizadas orientações sobre eliminação de criadouros e como evitar o acúmulo de água parada. Segundo Isolina, a população deve ser um parceiro “eficiente” no combate às doenças.
“A população precisa fazer sua parte. O cidadão deve ter o olhar do agente, reproduzindo em casa, no trabalho e na comunidade o que é feito pelas equipes de saúde. Isso, certamente, vai prevenir enfermidades”, pontuou Isolina.
Moradora da ilha, a costureira Lenilda de Andrade, de 62 anos, disse que a operação tem grande valia para o combate às doenças no local. ” A comunidade tem tido problemas constantes com ratos e mosquitos. O povo precisa ter consciência e educação, não podemos culpabilizar os órgãos públicos, se não fizermos a nossa parte”, afirmou.