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Programa Mãe Salvador assiste 32 mil gestantes em pouco mais de um ano

Em um ano e cinco meses de lançado, o Programa Mãe Salvador já cadastrou e atendeu 32 mil gestantes em Salvador. Somente no último quadrimestre, foram 5.178 mulheres assistidas, nas unidades de Atenção Básica do município.  

Com propósito de ampliar e qualificar as ações de assistência às gestantes atendidas, o programa tem a participação das secretarias municipais da Saúde (SMS), de Mobilidade (Semob) e de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre). 

Mãe de um bebê de seis meses, Maysa Dias, 36 anos, foi assistida na Unidade Saúde da Família (USF), no Garcia. Os cuidados tiveram início logo no começo da gestação. “Fiquei sabendo logo no comecinho, fiz todo o pré-natal, todos os exames e tive o melhor acompanhamento, no posto do fim de linha do Garcia”, conta.   

Segundo ela, todos os exames gestacionais foram feitos de forma rápida no laboratório municipal, na Carlos Gomes. “Tive um atendimento de primeira, não apenas enquanto estive grávida, mas durante o parto e nos cuidados com meu bebê”, frisa. A beneficiária do Mãe Salvador conta que o atendimento pré-natal teve encaminhamento para o parto na maternidade Climério de Oliveira. “Estiveram comigo e meu filho o tempo todo. Até hoje levo ele à unidade onde recebe cuidados com consultas, vacinas e exames”, relata.   

Uma das iniciativas do programa envolve a garantia da captação precoce e a adesão dessas gestantes às consultas e exames do pré-natal, preferencialmente, até a décima segunda semana de gestação. O programa também visa fortalecer o vínculo das futuras mães à maternidade de referência – com visitas prévias ao local onde deverá ser feito o parto – e acompanhamento no puerpério, período após o nascimento do bebê.   

Olhar diferenciado – De acordo com a subcoordenadora da Atenção Primária à Saúde (APS) da SMS, Bárbara Santana, o programa tem um olhar diferenciado para toda e qualquer gestante, que busca as unidades de saúde do município. “Não importa se está com uma semana ou oito meses de gestação. Qualquer grávida que se dirige à uma unidade é cadastrada no Mãe Salvador”, afirma, acrescentando que, para a gestante, existe demanda aberta,. “Ela pode morar em Itapuã e escolher ser atendida no Vale das Pedrinhas, passando a integrar o programa na unidade que desejar”, explica.   

A realização correta do pré-natal é reforçada pela subcoordenadora como fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Ela destaca que as consultas e exames têm um papel de destaque, na prevenção e detecção precoce de doenças maternas e fetais, permitindo que mãe e bebê tenham um desenvolvimento saudável, reduzindo os riscos para ambos durante e após a gestação. “Por isso o Mãe Salvador tem sido tão importante, para garantir assistência integral às grávidas da capital baiana, principalmente às mulheres negras e carentes da cidade”, ressalta.   

Apoio social – O Mãe Salvador amplia a assistência pré-natal, parto e puerpério das mulheres residentes em Salvador, facilitando o acesso dessa gestante ao serviço público de saúde, por meio do transporte público, mediante cadastramento junto à SMS, além de garantir consultas pós-parto para mães e bebês, bem como acesso ao teste do pezinho, por exemplo.  

Para garantir a mobilidade dessas mulheres até as unidades, o programa concede o Salvador Card – Bilhete Identificado, com 30 passagens de ônibus. Maysa conta que usufruiu do benefício durante toda a gestação. “Minhas passagens entravam no cartão todo mês, garantindo a ida ao médico e a realização dos exames”, lembra.  

O conjunto de ações engloba, ainda, as ações propostas pelo Plano Municipal para Infância e Adolescência (PMIA), assegurando a qualidade do pré-natal de risco habitual, através da qualificação técnica dos profissionais, que atuam no âmbito da Atenção Primária à Saúde em Salvador.  

Em 2020, cerca de 27,9 mil gestantes tiveram o acompanhamento, nas unidades da rede municipal de saúde, para a realização do pré-natal, exames e outros procedimentos. Os dados foram coletados pelo grupo técnico da Rede Cegonha da capital baiana, com base no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde. 

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