Há um ano, a vida da velocista Krystsina Tsimanouskaya sofreu uma reviravolta quando ela se recusou a embarcar em um avião de volta a Belarus depois de ter sido expulsa das Olimpíadas de Tóquio por sua própria delegação.
O que começou como uma controvérsia sobre a entrada de Tsimanouskaya no revezamento 4x400m causou uma deserção que se tornou uma das maiores histórias dos Jogos e destacou a pressão que os atletas bielorrussos enfrentam por desafiar a autoridade.
Forçada por sua equipe a deixar os Jogos após criticar os treinadores por inscrevê-la em um evento que não era sua distância habitual, Tsimanouskaya temia por sua segurança se retornasse à Belarus e buscou refúgio na Polônia.
Ela está em processo de receber a cidadania polonesa e os documentos necessários para competir em nível de equipe nacional lá.
A atleta de 25 anos também quer outra chance de competir nas Olimpíadas e espera estar nos Jogos de Paris de 2024 para os 200m, evento que ela deveria disputar um dia depois que Belarus a removeu da equipe.
“Estou desapontada por não ter competido na distância para a qual me preparei”, disse Tsimanouskaya à Reuters em uma entrevista em vídeo de sua casa em Varsóvia. “Mas não perdi a esperança. Ainda estou treinando aqui. Sonho em voltar às Olimpíadas e desta vez correr minha distância e mostrar resultados decentes.”
Tsimanouskaya só conseguiu participar de competições de nível inferior enquanto aguarda a cidadania e diz que sente falta da competição de elite.
Atualmente, bielorrussos e russos estão impedidos de participar de competições internacionais de atletismo por causa das ações de Moscou na Ucrânia