HomeCidadeJulgamento de Bolsonaro e violência na Bahia dominam sessão ordinária

Julgamento de Bolsonaro e violência na Bahia dominam sessão ordinária

O início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado relacionada aos ataques de 8 de janeiro de 2023, nesta terça-feira (2), e a violência em Salvador e na Bahia dominaram a pauta na 54ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador.

A bancada da oposição, através da líder Aladilce Souza (PCdoB), da colega Marta Rodrigues (PT) e do colega Sílvio Humberto (PSB), utilizou do tempo do Pinga-Fogo para destacar que “o 2 de setembro será histórico para a democracia brasileira, ficará gravado nos anais da Casa e, expectativa é que a Justiça seja feita”.

“Este é um dia que ficará marcado na história do nosso país. Bolsonaro tentou desmontar a democracia, atacar instituições e ameaçar o funcionamento do Estado de Direito. Chegamos a este julgamento graças à resistência das instituições e ao trabalho da Justiça”, afirmou Marta, que teve reforço de Sílvio Humberto sobre tentativa de golpe e de “um plano de assassinato de pessoas, das autoridades máximas do país”.

Os vereadores do bloco governista, por sua vez, focaram no tema segurança pública. Duda Sanches (União), defendeu a aprovação de um projeto de sua autoria que obriga a instalação de câmeras na parte interna de veículos utilizados por aplicativos no município de Salvador. Ele frisou que a capital da Bahia, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi a capital mais violenta do Brasil em 2024.

“A capital baiana teve taxa de mortes violentas de 52% e ficou em 20º no ranking geral das cidades mais violentas do país e, essa proposição vai ajudar tanto aos trabalhadores quanto aos usuários em meio ao caos que vivemos”, disse.

Enquanto isso, o vereador Alexandre Aleluia (PL) criticou o governador Jerônimo Rodrigues por ter submetido à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um projeto de lei que estabelece política estadual de penas alternativas à prisão.

“É um tapa na cara do baiano, que convive com tanta violência. E agora o governador quer criar uma lei de como passar a mão na cabeça do bandido”, afirmou. Ele acrescentou: “Na Casa do povo, nós temos que mostrar a causa, e a causa é ideológica, não é de gestão. E olha, o secretário [de Segurança Pública] Marcelo Werner, que me parece uma pessoa competente, e sabe que crime se enfrenta com força da lei e da ordem, eu tenho certeza que ele não concorda com isso”.

Aleluia disse ainda que a Bahia liderou o cenário nacional de violência em 2024, com nove cidades entre as 20 mais violentas do país, também segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento considerou municípios com mais de 100 mil habitantes.

Aladilce Souza rebateu os colegas, em especial Duda Sanches, ao afirmar que Salvador é a terceira pior capital em qualidade de vida. “Então a gente precisa refletir o que é que tem a ver, a terceira pior capital em qualidade de vida com violência, que não é apenas sinônimo de policiamento, de segurança pública, que é atribuída ao governo do Estado. Nós precisamos de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano que combata as desigualdades dessa cidade, que seja capaz de fazer a economia alavancar novamente”, declarou.

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